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auroramadaleno

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15
Mar13

janela manuelina na Guarda

Aurora Madaleno

Portaria n.º 146/2013, de 22 de fevereiro de 2013 - Classifica como monumento de interesse público a Janela manuelina do antigo Paço Episcopal da Guarda, na Rua Francisco Passos, 41 a 45, Guarda, freguesia de São Vicente, concelho e distrito da Guarda (In: Diário da República, II Série, n.º 53, de 15 de março de 2013, pp. 9514 a 9515)

Presidência do Conselho de Ministros

Gabinete do Secretário de Estado da Cultura

Portaria n.º 146/2013

A janela de tipologia manuelina da antiga Rua Direita, situada no centro histórico da Guarda, em pleno recinto muralhado da cidade e junto do adro da igreja de S. Vicente, destaca-se na fachada de granito de um edifício austero, talvez o Paço Episcopal medieval que foi palco do assassinato do Bispo D. Álvaro de Chaves, lançado de uma janela pelo seu criado. Ainda que esta associação não esteja comprovada, a janela quinhentista mantém-se no imaginário local como referência irresistível ao célebre episódio. A sua construção terá decorrido em paralelo à última fase das obras da terceira Sé da Guarda, concluída em meados do século XVI. A elegante composição renascentista da janela, com elementos de gosto florentino, possui semelhanças com a molduração do pórtico da Capela dos Pinas na referida Sé, datada do reinado de D. João III.

A classificação da Janela manuelina do antigo Paço Episcopal da Guarda reflete os critérios constantes do artigo 17.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, relativos ao caráter matricial do bem, ao seu interesse com testemunho de vivências ou factos históricos, ao seu valor estético, técnico e material intrínseco e à sua conceção arquitetónica, urbanística e paisagística.

A zona especial de proteção do monumento agora classificado é fixada por portaria, nos termos do disposto no artigo 43.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro.

Foram cumpridos os procedimentos de audição dos interessados, previstos no artigo 27.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, e no artigo 25.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de outubro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, de 28 de dezembro, de acordo com o disposto nos artigos 100.º e seguintes do Código do Procedimento Administrativo.

Assim:

Sob proposta dos serviços competentes, nos termos do disposto no artigo 15.º, no n.º 1 do artigo 18.º e no n.º 2 do artigo 28.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, conjugado com o disposto no n.º 2 do artigo 30.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de outubro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, de 28 de dezembro, e no uso das competências conferidas pelo n.º 11 do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 86-A/2011, de 12 de julho, manda o Governo, pelo Secretário de Estado da Cultura, o seguinte:

Artigo único

Classificação

É classificada como monumento de interesse público a Janela manuelina do antigo Paço Episcopal da Guarda, na Rua Francisco Passos, 41 a 45, Guarda, freguesia de São Vicente, concelho e distrito da Guarda, conforme planta constante do anexo à presente portaria e que desta faz parte integrante.

22 de fevereiro de 2013. - O Secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier.

anexo [...] 4892013

28
Out11

Curso 1957-1959

Aurora Madaleno

6.º Encontro dos Antigos Alunos da Escola do Magistério Primário da Guarda

Curso de 1957-1959

A Guarda tem um encanto que nenhuma outra cidade consegue despertar em mim. É sempre com satisfação que ali me desloco nas férias. São dias muito especiais em que descanso e vivo como que voltando à minha infância, à minha mocidade. Passeio nas mesmas ruas em que me criei e quase nem me dou conta de que nelas caminham pessoas que nunca conheci. Reparo em rostos que me são familiares mas de que não recordo nem o nome nem qualquer relação ao meu passado; no entanto, sorrio e sabe-me bem respirar o mesmo ar de todos os que hoje ali vivem e de tantos outros que, como eu, percorrem os lugares das suas recordações. Se há visitas guiadas pelo centro histórico, também aproveito ver e aprendo sempre alguma coisa com as explicações que vou ouvindo.

Este ano de 2011 voltei a subir à Sé e senti-me muito bem. Tinha-me inscrito para o Encontro do curso 1957-1959 e fiz umas feriazinhas pelo 10 de Junho – uma bela oportunidade para respirar e ver tudo de novo. “Parece que o tempo volta para trás”, ouvi dizer, mas não volta, não. O que volta é a alegria de nos reencontrarmos. A descontracção reaparece e sentimo-nos soltos das preocupações das pessoas adultas em que nos tornámos. Conversamos sobre a vida que agora temos e sobre colegas que nunca mais vimos, rimos, dançamos, comemos de tudo o que aparece na mesa e nada nos vai fazer mal. É dia de festa, o dia de reencontro. Que bom! Estive 50 anos sem ver colegas que não esqueci. Afinal voltámos e estavam ali comigo de novo a petiscar, a sorrir, a conversar: a Augusta Relvas, a Adélia, a Irisalva, a Cremilde, a Maria José Fernandes, a Joaquina e a Maria Joaquina, a Mariazinha, a Maria de Lurdes Gomes e a Maria de Lurdes Batista, a Imelda, a Margarida, a Miquelina, a Maria Otília, a Maria Antonieta, o Alfredo, o Adérito, o Barroso, o João Ramos, o Victor. Não há rugas nem cabelos brancos que façam esquecer os tempos de estudo, os professores, o estágio, os sonhos e as esperanças que nos fizeram “senhoras e senhores” respeitados pelos nossos alunos naquela nossa idade ainda tão cheia de juventude. Falámos de todas essas coisas, das nossas sensações. E ouvimos o trinar da guitarra e a voz do fado, muitos de nós recordando outros momentos de serenatas e de capas ao vento. Lindo! Eu gostei. Gostei muito e, por isso, deixo um bem-haja aos organizadores deste Encontro. Felicito-os pela boa refeição e pelo ambiente humano que nos proporcionaram. As fotografias “falam” desse ambiente. Ano após ano nos encontraremos, enquanto Deus quiser.

Abraços. Beijinhos.

Aurora Madaleno

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