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23
Jun20

Diocese da Guarda

Aurora Madaleno

CIDADE DA GUARDA

A Guarda foi fundada pelo rei D. Sancho I, que a repovoou e lhe deu foral em 1199, confirmada por D. Afonso II, em 1217, e por D. Sancho II, em 1229.

Para a Guarda foi transferida a sede da diocese egitaniense, em 1203.

  1. Afonso III instituiu a feira anual de São João, em 1255.
  2. Afonso V reuniu Cortes na Guarda em 1465.
  3. Manuel I reformou o foral da Guarda, em 1510.

DIOCESE DA GUARDA

A diocese da Guarda foi fundada originalmente na cidade romana da Egitânia (actual Idanha-a-Velha). A diocese egitaniense já existia no século VI, ao tempo do Concílio de Lugo (569) e do Concílio de Braga (572). Foi sufragânea de Santiago de Compostela (séc. XIII). Com a remodelação passou a ser sufragânea de Lisboa (séc. XVIII).  Face ao declínio acentuado daquela cidade romana, sobretudo após o domínio muçulmano, o rei Sancho I de Portugal fundou, em 1199, mais a Norte, uma nova cidade - a cidade da Guarda.

O Rei D. Sancho I pediu ao Papa Inocêncio III para que a sede da diocese, na iminência de renascer no seu antigo lugar que tinha sido arrasado, fosse instalada na Guarda. O Papa mandou instalar a sede da diocese na Guarda em 1203, mas com a condição de o bispo continuar a ser "Egitaniense", assim provendo a nova cidade da Guarda com o bispo de Idanha, funcionando desde então aí a sede da diocese que, em latim, retém o velho nome de Dioecesis Ægitaniensis. Por isso, ainda hoje assim é. Os próprios habitantes da cidade da Guarda continuam a ser egitanienses.

O seu território abrange, no Distrito de Castelo Branco, os concelhos de Belmonte, Covilhã, Fundão e Penamacor, e ainda quatro freguesias do concelho de Castelo Branco (Almaceda, Louriçal do Campo, Ninho do Açor e São Vicente da Beira); no Distrito de Coimbra, a freguesia de São Gião (concelho de Oliveira do Hospital); no Distrito da Guarda, os concelhos de Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Gouveia, Guarda, Manteigas, Pinhel, Sabugal, Seia, Trancoso, três freguesias do concelho de Fornos de Algodres (Juncais, Vila Ruiva e Vila Soeiro do Chão, sendo esta apenas civil) e duas freguesias de Vila Nova de Foz Coa (Almendra e Castelo Melhor). Tem uma área de 6.759 Km2. A sua população está estimada em 250.000 habitantes (Censos de 2000).

País - Portugal

Arquidiocese metropolitana - Patriarcado de Lisboa

População - 250 000 (96,0% católicos)

Área - 6.759 km2

Denominação - Católica Romana

Rito  - Romano

Criação - século VI (na Egitânia; instalação na Guarda em 1199)

Catedral - Sé da Guarda

Padroeira - Nossa Senhora da Assunção.

Bispo - D. Manuel Felício

Jurisdição  - Diocese

Página oficial - http://www.diocesedaguarda.pt

Paço Episcopal, Guarda - R. do Encontro 35, 6300-704 Guarda.

Telefone: 271 212 959

Lista de bispos da Egitânia:

  1. Adorico (561, 572)
  2. Comundo (589)
  3. Licério (597, 610)
  4. Montésis, Montésio, Montênsis, Mentésio (633, 638)
  5. Arménio (646)
  6. Siclua, Selua (653, 666)
  7. Monefonso (683, 688)
  8. Argesindo (693)

Lista de bispos da Guarda:

  1. Rodrigo (I) (1199)
  2. Martinho (I) Pais (1200-1225)
  3. Vicente Hispano (1226-1248)
  4. Rodrigo (II) Fernandes (1248-1267)
  5. Frei Vasco (I) (1267-1278)
  1. Frei João (I) Martins (1278-1301)
  1. Vasco (II) Martins de Alvelos (1302-1313), antes bispo de Lamego
  2. Rodrigo (III) (1313)
  3. Estêvão (I) (1314-1316)
  4. Martinho (II) (1319-1322)
  5. Guterres (1322-1326)
  6. Bartolomeu (1326-1345)
  7. Afonso (I) Dinis (1346-1347), depois bispo de Évora
  8. Lourenço Rodrigues (1349-1356), depois bispo de Coimbra e de Lisboa
  9. Estêvão (II) Tristão (1357-1360?)
  10. Gil (I) Cabral de Viana (1360-1362)
  11. Vasco (III) de Menezes (1362-1367)
  12. Gonçalo (I) Martins (1367)
  13. Afonso (II) Correia (1367-1384)
  14. Frei Vasco (IV) de Lamego (1384-1396)
  15. Afonso (III) Ferraz (?-1396)
  16. Gil (II) (1397)
  17. Gonçalo (II) Vasques da Cunha (1397-1426)
  18. Luís (I) da Guerra (1427-1458)
  19. Frei João (II) Manuel (1459-1476)
  20. João (III) Afonso Ferraz (1477-1478)
  21. Álvaro (I) de Chaves (1479-1481), primeira vez
  22. Garcia de Menezes (1481-1484), administrador apostólico
  23. Álvaro (I) de Chaves (1484-1496), segunda vez
  24. Pedro Vaz Gavião (1496-1516)
  25. Cardeal Infante D. Afonso (IV) de Portugal (1516-1519), depois bispo de Viseu e, em acumulação, bispo de Évora e arcebispo de Lisboa
  26. Miguel da Silva (1516-1519), administrador apostólico
  27. Jorge de Melo (1519-1548)
  28. Cristóvão de Castro (1550-1552)
  29. João (IV) de Portugal (1556-1585), filho do conde de Vimioso
  30. Manuel (I) de Quadros (1585-1593)
  31. Nuno de Noronha (1593-1608), também bispo de Viseu
  32. Afonso (V) Furtado de Mendonça (1609-1616), também bispo de Coimbra-conde de Arganil, arcebispo de Braga, arcebispo de Lisboa e vice-rei de Portugal
  33. Francisco de Castro (1617-1630)
  34. Frei Lopo de Sequeira Pereira (1632-1636)
  35. Dinis de Melo e Castro (1639)
  36. Diogo Lobo (1640), eleito, não confirmado pelo Papa
  37. Pedro (II) de Lencastre, depois arcebispo de Évora e de Braga e 5.º Duque de Aveiro, não confirmado pelo Papa
  38. Frei Álvaro (II) de São Boaventura (1669-1672)
  39. Martim Afonso de Melo (1672-1684)
  40. Frei Luís (II) da Silva (1685-1691)
  41. João (V) de Mascarenhas (1692-1693)
  42. Rodrigo (IV) de Moura Teles (1694-1704), também arcebispo de Braga
  43. António (I) de Saldanha (1705-1711)
  44. João (VI) de Mendonça (1713-1736)
  45. Frei José (I) Fialho, O. Cist. (1739-1741)
  46. Bernardo António de Melo Osório (1742-1774)
  47. Jerónimo Rogado do Carvalhal e Silva (1775-1797)
  48. José (II) António Pinto de Mendonça Arrais (1797-1822)
  49. Frei Carlos de São José de Azevedo e Moura (1824-1828)
  50. Joaquim José Pacheco de Sousa (1832-1857)
  51. Manuel (II) Martins Manso (1858-1878)
  52. Tomás Gomes de Almeida (1883-1903)
  53. Manuel (III) Vieira de Matos (1903-1914)
  54. José (III) Alves Mattoso (1914-1952)
  55. Domingos da Silva Gonçalves (1952-1960)
  56. Policarpo da Costa Vaz (1960-1979)
  57. António (II) dos Santos (1979-2005)
  58. Manuel (IV) da Rocha Felício (desde 1 de Dezembro de 2005)

Romarias:

  • Festas em Honra de Nossa Senhora Da Ajuda (5 a 9 de Setembro) - Malhada Sorda, Almeida - a maior romaria da Diocese da Guarda, que atrai peregrinos durante todo o ano
  • Festa de Nossa Senhora da Alagoa (8, 9 e 10 de Setembro) - Argomil, Pinhel
  • Festas de Nossa Senhora das Neves (5 de Agosto - e dias próximos) - Lageosa da Raia, Sabugal
  • Festa de Nossa Senhora do Soito (2.º fim-de-semana de Maio) - Fernão Joanes, Guarda - Bênção do Gado
  • Festas de Santo António (1.º ou 2.º fim-de-semana de Agosto) - Casteleiro, Sabugal
  • Festas de Nossa Senhora dos Milagres (2.º fim-de-semana de Agosto) - Aldeia do Bispo, Sabugal
  • Festas de Nossa Senhora de Fátima (Agosto) - Torre, Sabugal
  • Festas de Nossa Senhora de Fátima (Agosto) - Ozendo, Sabugal
  • Festas de São Bartolomeu (perto do 24 de Agosto) - Quintas de São Bartolomeu, Sabugal
  • Festas do Divino Menino de Deus (Agosto) - Badamalos, Sabugal
  • Festas de São Sebastião (1.º fim-de-semana de Agosto) - Baraçal, Sabugal
  • Festas de Santa Eufémia (perto do 16 de Setembro) - Quadrazais, Sabugal
  • Festas de Santa Eufémia (15 e 16 de Setembro) - Figueiró da Serra, Gouveia
  • Festas de São João Baptista (22 a 26 de Agosto) - Aldeia Velha, Sabugal
  • Festas de São João (fim-de-semana mais próximo do 24 Junho) - Sabugal
  • Festas do Nosso Senhor da Boa Sorte (2.º Domingo de Agosto) - Ribeira dos Carinhos, Guarda
  • Festas em Honra do Divino Senhor dos Aflitos (1.º fim-de-semana de Setembro - sexta a segunda) - Vilar Maior, Sabugal
  • Festa de Nossa Senhora ao Pé da Cruz (fim-de-semana após o dia 3 de Maio) - Aldeia Nova do Cabo, Fundão
  • Festa em honra de Santo Estêvão (3.º fim-de-semana de Setembro) - Póvoa de Atalaia, Fundão
  • Festas em honra do Senhor da Saúde e da Nossa Senhora do Bom Parto (4.º fim-de-semana de Agosto) - Souto da Casa, Fundão)
  • Festa de Nossa Senhora Bom Sucesso (2.º domingo depois da Páscoa) - Penamacor

Aurora Martins Madaleno, 2019 (fonte: Wikipédia)

Notas:

egitanense, egitaniense (adj. e s. , os dois géneros)

egitano (adj. e substantivo masculino)

= relativo à Idanha ou à Guarda; natural ou habitante de qualquer dessas localidades (Do latim med. Egitania)

Guardense (adj. e s., 2 gén.) = que ou a pessoa que é natural ou habitante da Guarda; egitaniense

(Cf. Dicionário de Português, Porto Editora)

 

http://auroramadaleno.blogs.sapo.pt/

________________________

18
Jun16

Escola Pública

Aurora Madaleno

ESCOLA PÚBLICA

 

Por vezes, a História ajuda-nos a compreender melhor certas situações que hoje se verificam. E, quase por acaso, li uma notícia do jornal "A Guarda", de 13 de Maio de 1916, sobre um "Colégio para meninas. Vigilância maternal e cuidadosa". Era um colégio "para meninas internas, semi-internas, externas e pensionistas para a Escola Normal e Liceu". E adianta a notícia que "Tem ensino moral, intelectual, físico, doméstico e artístico. Corpo docente escrupulosamente escolhido". Adianta ainda o nome da Rua da cidade e número da porta bem como o nome da Directora.

Portanto, em 1916, havia na cidade da Guarda aquele colégio muito bem situado numa rua central, com corpo docente escrupulosamente escolhido para o ensino moral, intelectual, físico, doméstico e artístico. O colégio tinha uma Directora com nome conhecido. Os pais poderiam ficar descansados, porque havia vigilância maternal e cuidadosa.

Sempre os pais ambicionaram boas Escolas para os seus filhos e, também hoje, muito embora os tempos sejam outros, esperam que a Escola tenha docentes escrupulosamente escolhidos e que o ensino seja completo e o adequado à criança, quer a Escola seja estatal quer seja particular.

Compete ao Estado promover a democratização da educação e as demais condições para que a educação, realizada através da Escola, contribua para o desenvolvimento da personalidade da criança. Deve, também, garantir o direito de criação de escolas particulares e cooperativas. Isto, depois da revisão constitucional de 1982, pois na Assembleia Constituinte tinha havido a recusa formal do PCP e do PS à consagração desse direito.

Importa ainda referir que a lei que estabelece a gratuitidade da escolaridade obrigatória se aplica aos alunos que frequentam o ensino não superior em estabelecimentos de ensino oficial, particular ou cooperativo.

 

Aurora Madaleno

(In: VilAdentro, Ano XVIII, N.º 209, Junho 2016, p.12)

 

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